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domingo, setembro 13, 2009

Seminário discute sucessivas mortes de negros no Brasil


"Atrás de mim tem um cortejo de defuntos", disse o articulador da campanha Reaja ou será Morto! Reaja ou será Morta!, Hamilton Borges Walê, se referindo aos inúmeros casos de mortes de negros que estão impunes. É um massacre, completou Walê. A fala foi proferida ontem, durante o debate que finalizou o Seminário Violência Racial, em São Paulo.

O seminário é homônimo ao projeto - consiste no lançamento de documentos contendo a leitura de dados sobre homicídios no Brasil com um olhar de direitos humanos, além da realização de debates sobre o tema. Após essas etapas, serão encaminhadas recomendações ao Estado Brasileiro com o objetivo de diminuir e até mesmo acabar com as situações de violência racial.

Organizado pelo Geledés - Instituto Mulher Negra e o Global Rights Partners for Justice o seminário reuniu a sociedade civil organizada, ativistas do movimento negro, pesquisadores e autoridades para discutir um problema que está destruindo famílias e mais famílias brasileiras: o homicídio de negros.

Além de Hamilton Borges, participaram do debate o rapper dos Racionais MCs, Mano Brown, o ativista do movimento negro Luis Silva (ES) e o Paniquinho, do movimento hip hop de SP. Também estiveram no debate, a integrante do movimento de juventude negra, Thaís Zimbwe, o vereador e cantor Netinho de Paula (PcdoB-SP), além do editor do jornal Irohin, Edson Cardoso, que mediou o debate.

DEBATE

Muitas foram as contribuições e experiências relatadas durante a discussão. Os relatos serviram para entender melhor como e por que os negros são alvo da violência racial em suas diversas formas (falta de acesso à saúde, educação, emprego, alimentação de qualida
de e segurança pública) no Brasil. Ou seja, todas essas "faltas" de componentes básicos para a vida de um ser humano devem ser lidas como manifestação da violência.
Entre os questionamentos feitos, respondidos contextualizados com diversos casos fica um desafiado para cada cidadão: quem e como será mudada a situação de violência e morte de negros no Brasil?
AFROPRESS

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