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terça-feira, março 16, 2010

Principais universidades brasileiras caem em ranking internacional

As principais universidades brasileiras perderam posições no último Webometrics Ranking of World Universities (lista das melhores universidades do mundo elaborada pelo Ministério da Educação da Espanha).

O ranking foi divulgado em janeiro de 2010. As três primeiras colocadas, entre as do Brasil, continuam sendo a USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), mas elas perderam, respectivamente, 15, 28 e 88 posições.

A USP é considerada a 53ª melhor do mundo. Mas em julho de 2009, a universidade ocupava a 38ª posição. A Unicamp desceu da 115ª posição, para a 143ª. Já a UFSC passou da 134ª para a 222ª.

O ranking é feito por um órgão de pesquisa do Ministério da Educação da Espanha. Ele é publicado duas vezes por ano, em janeiro e julho. São analisadas mais de 18 mil instituições de ensino superior e a lista das melhores contém 8.000 nomes.

A classificação leva em conta, principalmente, a visibilidade e o desempenho global da universidade, o que inclui a publicação de artigos e pesquisas - com qualidade - na internet.

As cinco melhores faculdades do mundo são: Universidade de Harvard (1ª), Massachusetts Institute of Technology (2ª), Universidade de Stanford (3ª), Universidade de Berkeley (4ª) e a Universidade Cornell (5ª).


Análise

Ronaldo Aloise Pilli, pró-reitor de pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), diz que esse índice não registra produção científica, mas a presença da universidade na internet.

- Nossa piora foi apenas na visibilidade. Tivemos melhora na quantidade de páginas, nos números de arquivos lançados na rede e no item que trata da produção científica e citações no Google Acadêmico. Nós ainda não temos uma análise completa sobre isso. Pode ser alguma coisa relacionada à metodologia na busca do site. Isso poderia explicar a queda.

O ranking leva em conta quatro aspectos: número de páginas da universidade, número de links externos que relacionam o domínio da instituição, o número de arquivos na rede e o número de publicações científicas na internet. Os três primeiros itens somam 85% da pontuação da faculdade.

- O ranking não pode ser descartado. Claro que temos de olhar com devida cautela. Mas ele tem problemas. A organização mesmo alerta que algumas universidades tentam fraudar o repositório de pesquisa, inflacionando a lista.

Débora Peres Menezes, pró-reitora de pesquisa e extensão da UFSC, diz que o ranking atual não mostra muita diferença com o que foi divulgado em janeiro de 2009:

- Como na classificação de seis meses atrás as universidades brasileiras subiram muitas posições, ela acabou tendo uma divulgação intensa. Não veja a classificação atual como reflexo de nenhum problema nacional.

Em janeiro de 2009, a USP ocupava a 87ª colocação, a Unicamp, a 159ª posição, e a UFSC, a 304ª.

A professora afirma que qualquer classificação, como a do Webometrics, baseada em dados momentâneos está sujeita a oscilações, “uma vez que depende apenas de 'fotografias' instantâneas e não de dados analisados de forma sistemática e estatística”. Ela não descarta, no entanto, a importância do ranking:

- O fato de usar a visibilidade das instituições nos mostra a importância de divulgarmos nossos programas de pós-graduação, as teses e dissertações produzidas, além, é claro, da produção bibliográfica institucional e dos trabalhos de extensão voltados à comunidade.

Para voltar a ganhar espaço na rede, a Unicamp pretende traduzir seu site para inglês e espanhol.

Procurada pelo R7 para comentar a queda de posições no ranking, a USP não respondeu até a publicação deste texto.

FONTE: R7

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