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quinta-feira, abril 29, 2010

1° de Maio: Vamos lutar em defesa dos aposentados e pela jornada de 36 horas

No Dia Internacional do Trabalhador nossas principais bandeiras de luta serão em defesa dos aposentados e pela redução da jornada sem redução de salários e direitos



O 1º de Maio já está aí. Vamos manter a tradição da esquerda e preparar atos unitários e classistas. Não faremos como as centrais governistas que realizam showmícios financiados pelas mesmas empresas e governos que atacam direitos e salários dos trabalhadores do decorrer do ano.

Uma das nossas principais bandeiras será a defesa do reajuste dos aposentados igual ao do salário mínimo: 9,68% retroativos a janeiro de 2010. A votação está marcada para a próxima terça-feira (5/4). Além disso, está em pauta o fim do Fator Previdenciário. Precisamos reafirmar o apoio da Conlutas à Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), que luta em defesa das aposentadorias.

Também serão levantadas as bandeiras de luta pela redução da jornada de trabalho para 36 horas sem redução de salários e de direitos, aumento de salário e contra a ocupação militar no Haiti.

O 1º de Maio é dia de luta contra o capitalismo, para denunciar as grandes empresas, os Estados e seus governos e reafirmar a luta por uma sociedade justa, igualitária, uma sociedade socialista.

A Conlutas faz um chamado a todos os setores do movimento sindical, popular e estudantil à realização de atos unitários, classistas, de oposição de esquerda ao governo Lula, aos governos estaduais e municipais e aos patrões. Vamos organizar atos conjuntos com todos os setores que hoje compõem o processo de reorganização e aproveitar para convocar o Congresso Nacional da Classe Trabalhadora.

Bandeiras de luta

Em cada Estado devemos nos apoiar nas mobilizações que estão ocorrendo e buscar unificá-las com as mobilizações nacionais que são:

- Aposentados: reajuste igual ao do salário mínimo, reposição das perdas e fim do fator previdenciário!

Estamos diante de mais um episódio na luta dos aposentados contra o governo Lula. Já é a terceira vez que o governo e as centrais governistas tentam uma manobra para impedir que os projetos de lei que garantem o fim do fator previdenciário, o reajuste igual ao do salário mínimo e a reposição das perdas sejam aprovados na Câmara dos Deputados. O governo quer pagar apenas 6,14% de reajuste. É necessário denunciá-lo e as centrais governistas que defendem 7,7%. Precisamos dizer que não há déficit na previdência, como insiste em afirmar o governo Lula. Só o ano passado o governo destinou R$ 283 bilhões para pagamento de juros e serviços da dívida externa.

- Redução da jornada de trabalho, para 36h, sem redução de salário e direitos

Essa bandeira deve estar presente em todas as campanhas salariais cuja jornada é superior a 36h semanais. Além disso, vamos denunciar que passados mais de sete anos, o governo Lula não tomou uma iniciativa sequer para reduzir a jornada, nem para 40h semanais. Vamos fazer um chamado às centrais governistas por um dia nacional de paralisações; não devemos apostar as nossas fichas em um congresso corrupto como as centrais governistas vêm fazendo. Essa vitória dependerá exclusivamente da mobilização de nossa classe e por isso será preciso unidade e uma forte ação contra o governo e os patrões.

- Aumento geral dos salários

Durante o Governo Lula os empresários e banqueiros aumentaram em 400% o seu lucro enquanto os salários aumentaram pouco mais de 50% no mesmo período. Vamos denunciar que isso só foi possível por que o governo, no momento da crise, despejou centenas de bilhões do dinheiro público para as grandes empresas e ao latifúndio, enquanto aos trabalhadores sobraram demissões e agora um ritmo infernal de trabalho. Portanto, há condições, sim, para um aumento geral dos salários!

- Reforçar reivindicações das campanhas salariais e manifestar apoio à luta do funcionalismo público federal

Em cada estado, região ou município devemos destacar as ações das categorias em mobilização, especialmente as campanhas salariais e dar divulgação a essas lutas. É preciso manifestar apoio à luta do funcionalismo público. Esse setor se enfrenta novamente contra o governo Lula, agora contra os projetos que na prática congelam o reajuste destes trabalhadores por 10 anos.

Haiti: Solidariedade sim, ocupação militar não!

Neste 1º de Maio mais uma vez vamos erguer defender a solidariedade ao povo haitiano. Vamos denunciar que os efeitos nefastos causados pelo terremoto têm sua intensidade agravada a partir das inúmeras décadas de opressão e retaliação impostos pelo imperialismo. Vamos reafirmar a importância da solidariedade classista e internacional, e fazer contundente exigência da retirada das tropas de ocupação militar daquele país. É preciso denunciar o papel do exercito brasileiro nesta ocupação e a irresponsabilidade do Governo Lula neste episódio. Vamos divulgar a visita de nossa delegação, este mês, ao Haiti e de nossa contribuição material ao Batay Ouvriye. Denunciar que nada está sendo reconstruído pelas tropas, que é com a própria força e solidariedade do heróico povo haitiano. Contra a ocupação, vamos exigir a presença de médicos, engenheiros, educadores e não soldados! Fora as tropas brasileiras do Haiti!

Faixas e bandeiras - Vamos ao 1º de Maio com nossas faixas, bandeiras, manifestos, formando as colunas da Conlutas. Além de nossas reivindicações principais, não podemos deixar de falar da luta contra a opressão, o machismo, a homofobia, da luta por direito a moradia, saúde, educação, estabilidade no emprego, e a defesa do Socialismo, alternativa para a vida da classe trabalhadora, para a vida da humanidade.

Veja a programação nos principais estados

São Paulo

Capital - O ato em São Paulo acontece na Praça da Sé e será divido em três blocos: sindical, dos movimentos populares e partidos políticos. Haverá apresentações de grupos culturais como Operário em Construção, Marighela, Rap-MST e Radiola.

Programação:
10h30 - Abertura do ato com a coordenação e a apresentação do grupo Radiola.
11h – Fala dos blocos dos sindicatos
11h50 – Fala os movimentos populares
12h45 – Fala os partidos políticos
13h – Encerramento.

São José dos Campos - O evento acontece neste sábado, dia 1º de Maio, a partir das 10h, na Praça Pedro Pinto da Cunha, em frente à Igreja São Judas Tadeu, no Jardim Paulista.

A luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução salarial e sem banco de horas, estará no centro da manifestação, organizada pela CONLUTAS, sindicatos dos Metalúrgicos, dos Químicos, Trabalhadores da Alimentação, Correios, Admap (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas), servidores municipais de Jacareí, oposição dos servidores municipais de São José dos Campos, oposição alternativa da APEOESP, Ação Eco-Socialista, Movimento Mulheres em Luta e Must (Movimento Urbano dos Sem-Teto) do Pinheirinho.

Ribeirão Preto

Em Ribeirão Preto haverá um ato público na Esplanada Pedro II, às 9h.

Rio de Janeiro

Niteroi - Neste ano a atividade do 1º de Maio será no Morro do Bumba, em Niterói-RJ. O ato levará a solidariedade para todos os trabalhadores vitimados em todo o Estado do Rio de Janeiro e denunciará o descaso dos poderes públicos municipal, estadual e federal relativo às tragédias das últimas chuvas potencializadas pela inércia dos governos de plantão.

Programação
30 de abril – 6ª feira – a partir das 16 horas – Panfletagens de agitação para o Ato do 1º de Maio nos seguintes locais: Central do Brasil, Metrô Carioca e Praça XV (Barcas);
01 de maio - sábado – Ato do Dia do Trabalhador em Niterói – concentração a partir das 10 horas da manhã no Morro do Bumba.

Minas Gerais

Belo Horizonte - No dia 30/04, às 8 horas no auditório do Sindicato dos Comerciários de BH, acontecerá o Encontro Metropolitano com as Centrais Sindicais para a elaboração de uma plataforma de luta unitária a ser encaminhada aqui em Minas, cujas principais bandeiras são:

- Valorização dos salários em nível regional;
- Redução da jornada de trabalho sem redução de salários;
- Contra o fator previdenciário;
- Contra criminalização e judicialização do movimento sindical e popular;
- Contra as práticas anti-sindicais;
- A questão da terra.

O ato do 1º de Maio unitário, acontecerá no mesmo dia do encontro, 30 de abril, na Praça Sete, a partir de 14 horas.

Rio Grande do Sul

Porto Alegre - A comemoração acontece na sexta- feira (30). Haverá o lançamento da revista “O ensino público pede socorro”, com a participação de professores e funcionários públicos. Logo em seguida, uma passeata irá do no Largo Glênio Peres até o centro da cidade, com a participação de sindicatos filiados à Conlutas. O ato se unificará com outras centrais sindicais e continuará em marcha até a sede do governo onde haverá um protesto contra o governo de Ieda Cruz. O encerramento será na Secretária Municipal de Saúde e denunciará o descaso e precariedade do governo com o setor.

Rio Grande do Norte

Natal - Será empunhada a bandeira por um mundo socialista, com a unificação dos trabalhadores da cidade e do campo, mulheres e homens, jovens e idosos. Juntos, pretendem ampliar ainda mais a jornada de lutas por uma sociedade justa. Participam da atividade o Sintsef, Sindsaude, Sintest, Sindbancários, Sinai, CASS, ANEL, POR, Intersindical, MST, GAS, MR, PSOL, PSTU e outras entidades.

Programação
Dia 30 (sexta-feira), 15h - Concentração no cruzamento da rua Baraúnas
com Av. 9 - em frente a Igreja Universal.
16h - Ato na praça Gentil Ferreira, no Alecrim

Dia 1º (Sábado) 9h - Panfletagem e ato no cruzamento da entrada de
São Gonçalo do Amarante (Nordestão do Gancho)

A história do 1º de Maio

O 1º de Maio é uma homenagem aos milhares de trabalhadores de Chicago (EUA) que foram às ruas protestar contra as péssimas condições de trabalho as quais eram submetidos - férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam - e exigir a redução da jornada de trabalho de 16 para 8 horas. Essa mobilização envolveu mais de 250 mil trabalhadores. Em greve, realizaram manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentavam a cidade. Entretanto, a repressão policial foi brutal: trabalhadores foram presos, feridos e alguns deles mortos. Isto foi em 1886.

Após diversos enfrentamentos com mortes de trabalhadores e policiais, a polícia promoveu uma investigação pesada e centenas foram presos. Oito dos militantes mais ativos de Chicago foram acusados de conspiração.

Albert Parsons, August Spies, Adolf Fischer e George Engel foram enforcados no dia 11 de Novembro de 1887. Louis Lingg teria cometido suicídio na prisão. Os três restantes foram finalmente perdoados em 1893.

Em 1889, a Segunda Internacional Socialista aprovou em seu congresso, realizado em Paris, proclamar o dia 1º de Maio como o Dia Internacional do Trabalhador, em memória aos "mártires" de Chicago e pela luta por jornada de oito horas. Essa deveria ser uma grande manifestação internacional.

Em 1890, o Congresso norte-americano se viu obrigado a voltar a lei que estabeleceu a jornada de oito horas de trabalho.
Em 1º de Maio de 1891, nova manifestação no norte da França sofreu forte repressão policial resultando na morte de dez manifestantes, o que reforçou a data do 1º de maio como um dia de luta dos trabalhadores.

Em abril de 1919 o senado francês ratificou as oito horas diárias de trabalho e proclamou o 1º de Maio daquele ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adotou o 1º de Maio como feriado nacional. Este exemplo foi seguido por muitos outros países, com exceção dos EUA.

FONTE: CONLUTAS

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