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segunda-feira, abril 19, 2010

MST ocupa sedes do Incra em seis estados e em Brasília










O MST ocupou a sede nacional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Brasília, e mais as superintendências em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Piauí e Paraíba, nesta segunda-feira (19/4), na Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária. O movimento mantém ocupada também a sede do Incra em Pernambuco, desde sábado.

As mobilizações cobram do governo o assentamento das 90 mil famílias acampadas do Movimento e um programa de agroindústrias para os assentamentos (veja a pauta completa aqui . Em agosto, o governou assumiu uma série de compromissos com a Reforma Agrária, que até agora não foram cumpridos, como a atualização dos índices de produtividade e a garantia de recursos para a desapropriação de áreas.

“O governo não vem cumprindo os seus compromissos com a Reforma Agrária. Temos famílias acampadas há mais de cinco anos, vivendo em situação bastante difícil à beira de estradas e em áreas ocupadas, que são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio”, disse José Batista de Oliveira, integrante da coordenação nacional do MST.

Em toda a jornada, foram realizadas manifestações em 19 estados e em Brasília. Os Sem Terra fazem marchas pela Reforma Agrária na Bahia, Tocantins, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Foram ocupados 68 latifúndios, em Pernambuco (25), Bahia (15), São Paulo (11), Paraíba (5), Sergipe (4), Alagoas (2), Ceará (2), Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul (uma em cada estado). A maioria das áreas ocupadas já foram classificadas como improdutivas em vistorias do Incra, mas ainda não foram desapropriadas e destinadas à Reforma Agrária.

A jornada reivindica também a renegociação das dívidas das famílias assentadas e uma linha de crédito que atenda as especificidades das áreas de Reforma Agrária. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) não atende às necessidades dos assentados e criou uma geração de inadimplentes.

Balanço do dia

Na Bahia, mais de 5.000 trabalhadores rurais Sem Terra saíram em marcha de Feira de Santana, para chamar a atenção dos governos e da sociedade para a urgência da Reforma Agrária. A atividade está prevista para terminar no dia 26, com a chegada a Salvador.

Mais de 1.4000 trabalhadores rurais ocuparam a sede do Palácio do Governo do Ceará, em Fortaleza, para cobrar um projeto de geração de trabalho e renda aos atingidos pelas secas, assistência técnica para assentados e a criação de um banco de sementes crioulas.

Mais de 700 integrantes do MST ocuparam a sede nacional do Incra, em Brasília.

No Pará, 600 trabalhadores rurais fizeram uma macha rumo e ocuparam o Incra, em Belém.

Em São Paulo, cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras sem terra ocuparam a superintendência regional do Incra.

No Rio de Janeiro, 400 famílias Sem Terra ocuparam a superintendência regional do Incra, na capital.

No Piauí, 400 Sem Terra fizeram marcha de 25 km, que partiu Berneval Lobão, e ocuparam a superintendência regional em Teresina. Na terça-feira, acontece uma sessão na Assembléia Legislativa sobre a criminalização dos movimentos sociais.

Na Paraíba, 400 Sem Terra ocuparam a superintendência regional em João Pessoa.

Em Alagoas, 1.200 camponeses fizeram um ato na Praça Dom Pedro II, no centro de Maceió, para colocar em pauta com a sociedade e autoridades a aceleração da Reforma Agrária.

Em Pernambuco, mais de 1000 trabalhadores rurais montaram acampamento em Recife, onde o Incra está ocupado.

Em Santa Catarina, 600 trabalhadores rurais encerram uma marcha até Florianópolis nesta segunda-feira.

No Rio Grande do Sul, cerca de 300 famílias acampadas marcharam até a Fazenda Southall, em São Gabriel, na Fronteira Oeste, em memória ao Sem Terra Elton Brum da Silva, que foi assassinado há oito meses durante o despejo violento feito pela Brigada Militar na fazenda.

Em Minas Gerais, os Sem Terra fazem uma marcha com 500 trabalhadores e trabalhadoras assentados da Reforma Agrária, que terminou em frente do IEF (Instituto Estadual de Florestas) em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

FONTE: MST

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