Valoriza herói, todo sangue derramado afrotupy!

sexta-feira, abril 02, 2010

Paralisação Escolas estaduais do Rio de Janeiro paralisam atividades por melhores condições de trabalho





Os profissionais de educação das escolas estaduais do Rio paralisam suas atividades por 24 horas, na quarta-feira, dia 31. Também na quarta-feira as professoras e funcionários realizarão uma passeata da Candelária até a Alerj, com concentração marcada para as 10h. Estas atividades marcarão o lançamento da campanha salarial 2010. A categoria reivindica a recomposição das perdas salariais de mais de 60% nos últimos 10 anos, além dos seguintes itens da pauta de reivindicações: descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos e incorporação integral e imediata da gratificação do programa Nova Escola – a gratificação, cujo valor máximo é de R$ 500,00, começou a ser incorporada ano passado e só será finalizada em 2015! Ou seja, os profissionais só terão a gratificação incorporada de forma completa daqui a dois governos. Ainda no dia 31, às 14h, os profissionais de educação realizam uma assembléia geral, no auditório da ABI.

Governo tem dinheiro, mas não investe o que devia na Educação:

A Lei de Responsabilidade Fiscal permite que o Executivo gaste até 46,55% da sua receita corrente líquida com pessoal. Mas o estado do Rio gasta apenas 27% de sua receita com os salários de seus servidores. O governo estadual é o que menos gasta de sua receita com pessoal, comparado a 17 outros estados da federação. Mesmo se considerarmos apenas o gasto com pessoal ativo, o estado do Rio possui a segunda pior relação Receita/Habitante X Despesa/Habitante (ganha apenas do Rio Grande do Sul). Significa dizer que o governo estadual não devolve à população em serviços públicos aquilo que arrecada. O governador Sérgio Cabral fez a opção de continuar achatando os salários dos servidores e favorecer as grandes empreiteiras e empresas de tecnologia. Para termos idéia do que isso significa, o governo estadual poderia conceder um reajuste de 70% para todos os servidores e mesmo assim não ultrapassaria o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Cabral não investe o suficiente para superar o atraso educacional:

Do ponto de vista dos recursos investidos, o governo Cabral não demonstra qualquer prioridade para a educação. O governo estadual investe apenas aquilo que é obrigado constitucionalmente. E mesmo o que se aplica é polêmico, como comprova esse dado: em 2009, os recursos da Secretaria Estadual de Educação aumentaram R$ 161 milhões em relação a 2008. Mas somente o projeto Climatizar (ar condicionado nas escolas) consumiu R$ 119 milhões ou 74% do acréscimo de recursos da secretaria. Ou seja, a prioridade educacional do governo é investir em aparelhos de ar-condicionado que não funcionam e em obras sem planejamento e respeito pelas escolas. No fim, o dinheiro não serve para melhorar a educação, mas para beneficiar as empresas que alugam os aparelhos e realizam as obras.Os poucos investimentos, associados aos péssimos indicadores educacionais do estado, condenam a próxima geração de estudantes a continuarem sem acesso a uma educação pública de qualidade. Assim, em termos de educação, o governo Cabral não representa qualquer avanço para o Rio de Janeiro.

Fonte: Boletim Eletrônico Extraordinário - SEPE-Niterói

Nenhum comentário: