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quarta-feira, novembro 24, 2010

V Marcha da Periferia marca Semana da Consciência Negra no Maranhão







Nesta sexta-feira, 19, véspera do Dia da Consciência Negra, aconteceu a V Marcha da Periferia em São Luís, Maranhão. A atividade que ocorre desde 2006 contou com a presença de vários ativistas do movimento sindical, estudantil e popular.

O tema deste ano da Marcha era a luta pela Reforma Urbana. A questão foi discutida nos últimos meses em diversos debates, reuniões e visitas a comunidades no interior do Estado e da zona rural e urbana de São Luís. Segundo Hertz Dias, militante do Quilombo Urbano e candidato a vice governador pelo PSTU nas últimas eleições “o Maranhão tem sido palco de inúmeros casos de repercussão nacional e até internacional como conflitos indígenas, a morte de um quilombola e a dezena de ameaçados, a chacina na Penitenciária de Pedrinhas, as ações de despejos contras moradores de áreas próximas aos grandes projetos em vias de implantação, entre tantos outros”.

A Marcha percorreu as ruas do Centro da capital maranhense com faixas, cartazes e bandeiras denunciando a violência sofrida por diversas comunidades atingidas pela onda de despejos forçados e a criminalização da periferia que luta por emprego e moradia. No percurso, a marcha se solidarizou com os trabalhadores do mercado informal que estavam tendo suas mercadorias apreendidas naquele momento em uma ação truculenta do Ministério Público Estadual e da Guarda Municipal.

A atividade foi encerrada em frente ao Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado protestando contra a Governadora Roseana Sarney, reeleita para mais um mandato com dinheiro do agronegócio e das grandes construtoras, grandes responsáveis pelos mortos, feridos e despejados nos conflitos no campo e na cidade.

A ex-candidata a vice-presidente pelo PSTU, Claúdia Durans, esteve presente no ato e em sua fala denunciou a farsa do Estatuto da Igualdade Racial aprovada pelo governo Lula que abriu mão de bandeiras históricas do movimento negro, como por exemplo a retirada da regularização das terras quilombolas, o principal motivo das inúmeras mortes e conflitos agrários que acontecem no Estado.

A atividade contou com a presença do Movimento Negro Quilombo Raça e Classe e organizações do movimento Hip Hop Militante do Piauí e Ceará.
FONTE: OPINIÃO SOCIALISTA

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