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terça-feira, agosto 23, 2011

Editorial: Os primeiros resultados da greve e a necessidade de radicalização


Chegamos ao 22º dia de uma greve muito forte na base do SINASEFE, com mais de 180 campi paralisados. A FASUBRA ultrapassou 60 dias em greve, e após o ANDES-SN aprovar um indicativo de greve, o governo se articulou para tentar desmobilizar uma possível unidade na greve do setor da Educação Federal.

A manobra utilizada foi a apresentação de uma proposta para os Docentes de toda Rede Federal de Ensino, o que demonstra claramente os ganhos e a pressão política da nossas greves.

A proposta apresentada é rebaixada quanto a números e prazos, não alcança sequer a inflação do segundo semestre de 2010 e tem a previsão de sua implementação efetiva apenas para março de 2012.

Entretanto, a proposta apresenta duas questões importantes que sempre

consideramos em nossos debates: reajusta linearmente o vencimento básico e a RT dos docentes; e estabelece o fim das gratificações na remuneração docente, diminuindo para duas o número de linhas nos contracheques (Vencimento Básico e RT).

Tal recuo em relação à política remuneratória a partir das gratificações e a valorização (mesmo que mínima) do vencimento básico demonstra o temor do governo quanto ao que nosso movimento pode construir e alcançar. Ou seja, é possível arrancar outros resultados, estendendo os avanços dessa negociação para mais itens das nossas pautas e também ampliando para os técnicoadministrativos a negociação que, a princípio, só está acontecendo para Docentes.

Nossa 102ª PLENA debateu esses e outros pontos relativos à greve e o tom predominante foi de que devemos radicalizar nosso movimento para abrir já as negociações.

Temos que mostrar à sociedade que o governo não quer negociar com as entidades e que não está aberto ao diálogo e que, portanto, essa greve continua somente por tal intransigência. É preciso deixar bem claro que

para a greve acabar temos que ser recebidos pelo governo, iniciando efetivamente as negociações que possam por fim ao nosso movimento de greve.

E para alcançarmos os nossos objetivos temos que nos manter firmes na construção e radicalização da Greve, bem como na resistência aos ataques que sofreremos neste próximo período. Devemos também buscar a unidade na greve com a FASUBRA e a ampliação dessa parceria com o ANDES, bem como com outros setores do Serviço Público Federal que ainda não definiram sua entrada na Greve.

Neste próximo dia 24 de agosto poderemos ter um novo marco na mobilização dos trabalhadores (as) contra a política do governo, e isso poderá dar inclusive um novo gás ao nosso movimento e às greves que estão em curso.

Para tanto devemos dedicar esforços para virmos a manifestação na Esplanada dos Ministérios, bem como todo tipo de manifestações e atividades que procurem divulgar nossas reivindicações e cobrar e denunciar o governo pela intransigência em não negociar as Greves de SINASEFE e FASUBRA.

Todos às ruas e à greve!

Comando Nacional de Greve

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