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domingo, outubro 02, 2011

Grécia convoca reunião para definir cortes no setor público












Governo tenta assegurar 8 bilhões de euros do FMI e da União Europeia.

Premiê britânico afirmou que crise da Eurozona é 'ameaça mundial'.


O primeiro-ministro da Grécia, Yorgos Papandreou, convocou para este domingo (2) uma reunião crucial com seus ministros para decidir sobre a redução do setor público em 30% e sobre cortes no orçamento estatal para 2012.

Está previsto que a sessão extraordinária do Conselho de ministros comece às 12h (horário de Brasília) em Atenas. Ela deve detalhar os últimos detalhes das medidas de ajuste. Fontes do governo afirmaram, na noite de sábado, que o plano está "quase pronto".

A reunião acontece após uma semana de negociações entre as autoridades gregas e os inspetores internacionais da chamada troika, composta por analistas da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE).

Do relatório dos chefes da missão da troika, vai depender que os membros da Zona do Euro e o FMI decidam, em 13 de outubro, se vão dar à Grécia uma parcela de 8 bilhões de euros, necessária para que o país se mantenha e evite a quebra do país, que poderia contaminar os demais países europeus e gerar uma crise financeira internacional.

Segundo o canal ateniense "Mega", o acordo entre a troika e o governo inclui que passem para a "reserva", com a perspectiva de serem demitidos dentro de um ano, os funcionários públicos que superam os 60 anos, o que equivale a uma aposentadoria antecipada. Durante esse período, eles receberiam apenas 60% de seus salários.

Em entrevista à publicação "To Vima", o ministro das Finanças, Vangelis Venizelos, disse que essa parcela "está assegurada".

Do total de 900 mil funcionários públicos, cerca de 43 mil estão nessa categoria, segundo os dados oficiais do ano passado.

O objetivo principal das medidas é que a Grécia alcance seu objetivo de reduzir o déficit este ano para 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB), dos 10,5% de 2010.

Os sindicatos dos servidores do setor público prometem protestos contra as medidas de austeridade. A questão do afastamento de trabalhadores é a mais criticada por eles.

Os trabalhadores públicos são cerca de 20% da força de trabalho grega.

'Ameaça mundial'

A crize da Eurozona é uma ameaça para a economia global, e os políticos da Europa devem agir urgentemente para salvar seus bancos e equacionar suas dívidas, disse neste domingo (2) o premiê britânico, David Cameron.

"A Zona do Euro é uma ameaça não só para ela, mas também uma ameaça à economia britânica e à economia mundial", disse Cameron à BBC, no dia em que começa a conferência anual de seu Partido Conservador, em Manchester.

"Ações precisam ser tomadas nas próximas semanas para fortalecer os bancos da Europa, para construir defesas que a Eurozona tem, para lidar com os problemas da dívida. Eles têm de fazer isso agora. Eles têm de se antecipar aos mercados agora."

FONTE: G1, com agências internacionais

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