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sexta-feira, outubro 21, 2011

Iêmen, Jordânia, Bahrein e Síria tentam evitar colapso














Argélia e Arábia Saudita escaparam de protestos; pioneiros da primavera árabe, Egito e Tunísia se preparam para eleições


Muamar Kadafi morre no momento em que Tunísia e Egito se preparam para eleições parlamentares e líderes de Síria, Iêmen, Jordânia, Argélia e Bahrein tentam se manter no poder, com diferentes graus de sucesso. O iemenita Abdullah Saleh retornou semanas atrás para Sanaa depois de tratar de ferimentos graves na Arábia Saudita. No poder há três décadas, ele reluta em liderar uma transição para a democracia e enfrenta a oposição em conflitos armados.

As forças de segurança de Bashar Assad, na Síria, são acusadas pela ONU de terem matado 3 mil pessoas. Em algumas áreas, como a cidade de Homs, existe um embrião de guerra civil. Esta semana, contudo, manifestações gigantescas a favor de Assad em Damasco e Aleppo, as duas maiores cidades sírias, mostraram que o regime ainda tem apoio popular, especialmente de minorias cristãs, alauita e drusa.

O Bahrein, depois de massacrar protestos opositores, com ajuda da Arábia Saudita, corre o risco de ver suspensa a compra de US$ 53 milhões em armas dos EUA. Os americanos, que mantêm a sua Quinta Frota no país, aguardam um relatório internacional sobre a violação de direitos humanos da monarquia.

Longe dos holofotes, o rei Abdullah II, da Jordânia, trocou seu gabinete na semana passada após ter fracassado na implementação de reformas. Acampamentos em protesto contra seu regime se espalharam pelo país e consultorias de risco avaliam como delicada a sua situação.

A Argélia é a única república do norte da África que ainda não viu a queda do regime. Com o dinheiro do petróleo, conseguiu subsidiar os preços de alimentos e aumentar os salários do funcionalismo público. Há temores, porém, sobre a saúde do presidente Abdelaziz Bouteflika. As próximas eleições serão em 2014. Na Arábia Saudita, a monarquia não corre risco, mas reprime com violência levantes xiitas. Internamente, alguns passos em direção a reformas foram dados, como o concessão ao direito de voto para mulheres.

O Egito se prepara para eleições parlamentares, mas a escolha de um presidente deve ficar para 2013. Alguns ativistas dizem haver um acordo para a Irmandade Muçulmana controlar o Parlamento em uma aliança com os laicos do Partido Wafd. Até agora, os militares seguem firmes no poder e cresceram os ataques contra cristãos coptas. Na Tunísia, a expectativa é de que uma coalizão moderada islâmica, liderada pelo Partido Ennahda, vença as eleições de domingo. Depois de choques entre religiosos e laicos, há muita apreensão sobre o futuro das liberdades civis no país.

FONTE: estadao.com

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