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segunda-feira, maio 14, 2012

Os Extremos Gregos



Syriza se torna principal partido de esquerda na Grécia
Uma constelação de grupos trotskistas e maoístas aglutinados em torno de uma formação majoritária, a Syriza, derrotou nas eleições legislativas gregas o Movimento Socialista Pan-Helênico (Pasok) como principal força de esquerda do país. A Syriza, que tradicionalmente conseguia entre 3% e 5% dos votos, obteve 16,76% na votação deste domingo e se tornou o segundo maior grupo do Parlamento.


Nos últimos anos, a Syriza criticou com dureza a política econômica do governo socialista do ex-primeiro-ministro Giorgos Papandreou e de seu sucessor, o tecnocrata Lucas Papademos, e rejeitou os dois planos de resgate da economia grega, que previam a aplicação de draconianas medidas de austeridade.

Sua campanha eleitoral deu prioridade às políticas de crescimento econômico e à melhoria das garantias sociais, mensagem que foi bem recebida pela empobrecida sociedade grega, na qual funcionários e aposentados perderam até 40% de seus poder aquisitivo desde 2009.
Peça fundamental desse sucesso é a personalidade de Alexis Tsipras, o primeiro líder parlamentar nascido depois da queda da ditadura militar em 1974. Tsiprar foi um militante ativo das juventudes comunistas durante os protestos estudantis contra os cortes no orçamento da educação em 1990 e 1991. O político estudou engenharia civil na Universidade Técnica de Atenas e tem pós-graduação em planejamento urbanística.
Sua carreira política começou em 2006, quando liderou a lista do Syriza às eleições municipais de Atenas, obtendo 10,5% dos votos, algo inédito em seu grupo político. Em 2008, foi eleito presidente da Coalizão de Esquerda, o partido mais importante da Syriza. Seus oponentes, dentro e fora do partido, o acusam de populismo e de imitar o fundador do Pasok, Andreas Papandreu, durante sua atuação nos anos 70.
Seus comícios eleitorais foram seguidos com expectativa na recente campanha e atraíram muitos gregos decepcionados com as políticas de austeridade. "Durante dois anos tomaram decisões sem nos perguntar. Agora é tempo da democracia voltar ao lugar onde nasceu", disse num comício recente.
FONTE: TERRA.COM

Amanhecer sombrio

 












Quem é Nikolaos Michaloliakos, o líder do partido neonazista grego



Nikolaos Michaloliakos, 54 anos, já foi preso três vezes, uma delas por carregar armas e explosivos exclusivos das forças armadas. Não é o tipo de currículo que abone um político. Mas pode render votos se suas ideias são neonazistas e manifestadas em uma revista e um partido, ambos chamados de Chryssi Avghi (Amanhecer Dourado). Até então, os gregos o consideravam como um louco, porém o que era apenas discurso virou agora uma grande ameaça dentro do país. Com as eleições deste final de semana, o partido deve conquistar 7% dos votos, o que representaria 21 cadeiras das 300 do parlamento. É muito espaço para quem defende a expulsão dos imigrantes, é contra o comunismo mas defende o controle estatal do capital e não tinha nenhum representante na última legislatura.
Michaloliakos tenta a sua conversão política nos extratos mais jovens da sociedade grega. 51,1% dos cidadãos até 25 anos estão desempregados e não possuem nenhuma esperança de um futuro melhor. Boa parte deles virou uma presa fácil para os delírios do líder neonazista. Em vez de judeus, Michaloliakos defende que são os turcos os culpados pela bancarrota grega. A solução, em sua mente insana, é expulsar todos eles do país, mas antes obrigá-los a trabalhos forçados para compensar os gastos estatais de repatriação e seguro saúde.
Suas pretensões totalitárias são claras. O símbolo de seu partido é uma forma estilizada da suástica nazista. No site oficial, Michaloliakos escreve: “É preciso transformar o Eu em nós. As pessoas sozinhas não possuem importância histórica, mas possuem quando são condensadas no mesmo espaço-tempo das qualidades do Povo e da Nação”. Como você pode suspeitar, essa nação inventada pelo presidente do partido não é para todos, mas apenas para os arianos e os gregos puros.
O partido ainda é pequeno para passar leis, é verdade. Só que a Grécia vive duas crises (a econômica e a social) sem data para acabar. Tudo isso pode inflar ainda mais a simpatia popular pelo Amanhecer Dourado. O partido, apesar de nanico, já incomoda. Retirou votos do socialistas do Pasok e dos centristas da Nova Democracia. E, em parte, são os responsáveis pela impossibilidade da formação de um governo de coalização. O futuro grego é sombrio.

FONTE: club alfa.abril

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